Era bem coincidência sobre toda incerteza que estava
ali. Um caminho grande pela frente e pouca força para andar. Deixei aqui sobre
o por do sol da manhã. Todas as minhas duvidas sobre a vida, eu ainda pude caminhar
sobre um caminho frio. Ainda posso ouvir, o som da solidão que comigo
caminhava. Eu sorria de cabeça baixa, de lábios curvados, e de olhos turvos. Não
estava só, não por que estava em meio uma grande multidão. Queria entender, por
que me sentia só mesmo com tantas pessoas aqui perto. As pessoas não ouviam os
sons da existência da solidão. Pode-se ser só, mesmo diante de um grupo. A
presença de pessoas não quer dizer, que será ausente a solidão. Quantas vezes
conversando com diversas pessoas senti um vazio dentro de mim. Um vazio de uma
presença que não sei explicar.
Andar sem olhar para traz não foi ideia minha naquele
dia. Tirei o brilho do céu, e tirei os pássaros que ali voava. Enegreci o
universo, e tirei a cor do mundo. Mais meus olhos ainda estavam fechados. Quando
os abri, não era bom. Um mundo sob a perspectiva da solidão, era ruim. Por que
não chorar aqui, por que não deixar a alma se esvaziar. Deixe-me contar-te algo
antes de ir. Vou tirar meu chapéu, vou parar um pouco para te contar uma
pequena história que a vida me contou. E a vida tive com ela a anos atrás.
Depois dessa história irei me retirar silenciosamente, pois em mim não cabe
despedidas neste momento.
‘‘Não se pode voltar, aquilo que nunca se foi. Não
se pode ter, aquilo que nunca foi de sua posse. As nuvens mudam de cor em tempestades,
e o sol de cor ao interceder. Ao amanhecer seus raios são fracos, ao meio dia
seus raios queimam a pele. Se explicar o que não compreende, é complexo. Viver
sem ter vida é dogmático. Não se deve explicação para aquilo que não precisa de
explicação. Viver é o pilar que eleva toda sabedoria, e encontra todo argumentos
sóbrios. Um sábio busca a vida, o tolo a desperdiça. Na solidão questionam a
falta da presença de alguém. Na multidão, deseja está só. O desejo nos move,
quando realizado nos trona fracos. E certos de que aquilo não era realmente o
que queríamos. Todos aqui querem voltar a traz, deixar de realizar o que foi
feito. Não se pode retroceder o sol, para corrigir um erro pessoal. Não se pode
apagar uma grande multidão como se fosse um rabisco em uma folha, para se sentir
só. Temos o que desejamos, e deixamos de lado para reclamar do que tínhamos e
agora nos faz falta.”.
~Thiago Gonçalves
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