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"Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." (Romanos 10:13)

domingo, 26 de agosto de 2018

ARTIGO I: UMA SOLIDÃO EM MEIO UMA GRANDE MULTIDÃO



Era bem coincidência sobre toda incerteza que estava ali. Um caminho grande pela frente e pouca força para andar. Deixei aqui sobre o por do sol da manhã. Todas as minhas duvidas sobre a vida, eu ainda pude caminhar sobre um caminho frio. Ainda posso ouvir, o som da solidão que comigo caminhava. Eu sorria de cabeça baixa, de lábios curvados, e de olhos turvos. Não estava só, não por que estava em meio uma grande multidão. Queria entender, por que me sentia só mesmo com tantas pessoas aqui perto. As pessoas não ouviam os sons da existência da solidão. Pode-se ser só, mesmo diante de um grupo. A presença de pessoas não quer dizer, que será ausente a solidão. Quantas vezes conversando com diversas pessoas senti um vazio dentro de mim. Um vazio de uma presença que não sei explicar.
  Não me arisco dizer coisas que ainda não domino. Não penso em coisa que não posso fundamentar. Sei que essa caminhada tenho que andar. Apesar de tudo, preciso continuar. Fui por tantos lugares, fui em tantos corações, li tantos rostos. E escutei tantas almas. Quando ando pela rua, mesmo só. Ouço as almas das pessoas conversando com a minha. Ouço recado dos olhos das pessoas, ouço as batidas se seus corações. E mediante tudo isso, ainda sou uma alma solitária em meio uma grande multidão. Eu pensei em sentar em um banco para olhar o mundo, mais sentei e fechei os olhos. Percebi que isso se tornou muito complexo. Eu precisava ficar de olhos abertos, mais queria explorar um pouco meu interior. Queria conhecer minhas paisagens, meu por do sol. Precisava pintar meu dia, precisa da dor ao meu universo. Pois ele ainda não era infinito. E a terra ainda não era marrom, e muito menos o céu azul. E um mundo diferente, há o que se pensar, mais não á o que se ler. As placas são sem sinais. Os livros sem palavras. A luz não tem brilho, e o horizonte não se pode ver. Digo que não se pode ter o que não se fui criado aqui.


Andar sem olhar para traz não foi ideia minha naquele dia. Tirei o brilho do céu, e tirei os pássaros que ali voava. Enegreci o universo, e tirei a cor do mundo. Mais meus olhos ainda estavam fechados. Quando os abri, não era bom. Um mundo sob a perspectiva da solidão, era ruim. Por que não chorar aqui, por que não deixar a alma se esvaziar. Deixe-me contar-te algo antes de ir. Vou tirar meu chapéu, vou parar um pouco para te contar uma pequena história que a vida me contou. E a vida tive com ela a anos atrás. Depois dessa história irei me retirar silenciosamente, pois em mim não cabe despedidas neste momento.

‘‘Não se pode voltar, aquilo que nunca se foi. Não se pode ter, aquilo que nunca foi de sua posse. As nuvens mudam de cor em tempestades, e o sol de cor ao interceder. Ao amanhecer seus raios são fracos, ao meio dia seus raios queimam a pele. Se explicar o que não compreende, é complexo. Viver sem ter vida é dogmático. Não se deve explicação para aquilo que não precisa de explicação. Viver é o pilar que eleva toda sabedoria, e encontra todo argumentos sóbrios. Um sábio busca a vida, o tolo a desperdiça. Na solidão questionam a falta da presença de alguém. Na multidão, deseja está só. O desejo nos move, quando realizado nos trona fracos. E certos de que aquilo não era realmente o que queríamos. Todos aqui querem voltar a traz, deixar de realizar o que foi feito. Não se pode retroceder o sol, para corrigir um erro pessoal. Não se pode apagar uma grande multidão como se fosse um rabisco em uma folha, para se sentir só. Temos o que desejamos, e deixamos de lado para reclamar do que tínhamos e agora nos faz falta.”. 

~Thiago Gonçalves  



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